quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Dia Internacional do Idoso


Quando é feita à criança, a pergunta “O que você vai ser quando crescer?” tem um rosário de respostas. A reação é diferente quando a interpelação é para um adulto maduro: o que você vai ser quando envelhecer? “É muito interessante observar a falta de planejamento que as pessoas têm em relação ao próprio envelhecimento.
A imagem cristalizada de um idoso frágil, isolado socialmente e inativo contribui para que a terceira idade seja carregada de estigmas e preconceitos quanto à sua funcionalidade e papel social. O futuro parece fazer parte apenas dos planos dos jovens. Mas velho também tem futuro. E precisa cuidar dele.
A verdade é que a preocupação com a velhice não pode começar só quando o calendário passa a acumular mais de seis décadas de existência. “É preciso se preparar ao longo da vida. Desenvolver atividades que garantam o sentido de utilidade, seja na família, no trabalho, na comunidade ou nas relações pessoais. É esse desenvolvimento que vai atenuar e até reduzir a rejeição e a indiferença típicas que o recém-aposentado so­fre, por exemplo. Nas sociedades modernas o valor de um ser humano em geral está muito ligado a sua condição de trabalhador ativo. Uma vez perdendo essa condição, a sociedade esquece o indivíduo. Esse abandono pode levar uma pessoa despreparada a um progressivo estado de depressão pela falta de perspectivas que iluminem seus últimos anos de vida.
Chegar aos 60 anos ou conquistar a aposentadoria é um marco, nem sempre positivo. “Em uma sociedade braçal, como a nossa, a questão do idoso é subjulgada. Mas o mercado produtivo não pode estar atrelado à idade. Deve ser ligado ao desempenho e à função laboral”. Não se trata de fazer o idoso trabalhar até perder a saúde ou ser explorado. O importante é respeitar sua produtividade. “Isso pode ocorrer mesmo em trabalhos voluntários, onde ele devolve para a sociedade a contribuição que recebeu durante toda a vida. O que é inaceitável é ficar parado, esperando a morte chegar”. A expectativa de vida só aumenta. Os centenários são cada vez mais comuns. O sujeito passa os primeiros 25 anos se preparando para o mercado, os 25 ou 30 seguintes, trabalhando. Depois para tudo e não faz mais nada nos próximos 40 anos. É quase a metade da vida subutilizado.
Hoje, 1º de outubro, é comemorado o Dia Internacional do Idoso. A data foi instituída com a intenção de mostrar a importância e as dificuldades que essas pessoas enfrentam rotineiramente. Problemas como falta de meios de transporte adequados e o precário atendimento hospitalar na saúde pública são as principais queixas de quem chegou à terceira idade.
O número de idosos tem aumentado consideravelmente, nos últimos anos, Segundo a Organização Mundial da Saúde, o número de idosos no mundo chega a marca de 600 milhões. No Brasil, de acordo com o IBGE o número de idosos chega a 14,5 milhões e em Jaraguá do Sul, de acordo com estimativa do Centro de Referência do Idoso, este número chega a 11 mil idosos.
O IBGE ainda aponta que a população de idosos soma hoje 14,5 milhões de pessoas, 8,6% da estimativa total do país, levando-se em conta o Censo realizado em 2000. O instituto considera como idoso as pessoas que possuem de 60 anos para mais. Esse é o mesmo limite de idade colocado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%, sendo que em 1991 ele correspondia apenas a 7,3% da população.
Isso significa que essa faixa etária futuramente deve dominar a sociedade brasileira, fazendo-se necessário uma maior conscientização dos jovens e adultos em relação à condição do idoso nos próximos anos.
Atualmente, a população brasileira vive, em média, 68 anos, o que significa 2,5 anos a mais do que no início da década de 90. Assim, estima-se que em 2020 a população com mais de 60 anos no país deva chegar a 30 milhões de pessoas (13% do total), e a esperança de vida, a 70,3 anos. Isso é o retrato do que acontece com os países como o Brasil, que está envelhecendo ainda na fase do desenvolvimento. Já os países desenvolvidos tiveram um período maior, cerca de cem anos, para se adaptar.
A família, a comunidade e a sociedade precisam dignificar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua liberdade, autonomia, bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. No contexto social temos várias formas agradáveis de viver esta fase da vida, participando de grupo de idosos, de dança, artesanato, realizando viagens, fazendo caminhadas, mantendo-se atualizado, freqüentando cursos e, desta forma, preenchendo significativamente o nosso envelhecer.
E você, que se considera nessa fase da vida, não pense no número de anos que já viveu. Pense, isto sim, em como desfrutar com muita coragem, perseverança e fé os anos que tem pela frente, dedicando-se a algo que lhe interesse e orgulhando-se de sua idade, por mais avançada que seja. Tudo isso manterá seu espírito alegre e juvenil. Enfrente, pois, o entardecer da vida com responsabilidade, alegria e muito amor. Esse entardecer não acaba em uma noite fechada, mas em um amanhecer cheio de esperança.
Vamos olhar para a pessoa idosa como ser humano integral, valioso e amado por Deus e por nós. Não podemos considerar apenas sua força física, mental e sua saúde. É preciso respeitar a personalidade formada, a riqueza da experiência acumulada. As pessoas idosas podem trazer de volta muitos valores perdidos pela sociedade de consumo e pela violência.

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