segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

NATÁLIA SE MANIFESTA SOBRE AUMENTO DO NÚMERO DE VEREADORES


Em entrevista ao Jornal O Correio do Povo deste final de semana, 26 e 27 de fevereiro, a vereadora Natália falou à reporter Patricia Moraes sobre o seu pensamento com relação ao aumento do número de vereadores da Câmara Municipal de Jaraguá do Sul.
Confira a entrevista na íntegra:

NATÁLIA SE DIZ CONTRA O AUMENTO DE VEREADORES

Na manhã de ontem, com os dois pés enfaixados e utilizando muleta para conseguir caminhar, a vereadora licenciada Natália Petry (PSB) recebeu a nossa equipe em seu apartamento.

Ainda com pinos e embora a perícia tenha determinado que ela fique afastada até o dia 15 de abril, Natália diz que pretende assumir no dia 15 de março, um mês antes do previsto, nem que para isso tenha que assinar um termo de responsabilidade e utilizar temporariamente uma cadeira de rodas.

Firme nas suas convicções, a campeã de votos nessa legislatura declara ser contra o aumento no número de vereadores, por acreditar que primeiro é necessário que o Legislativo se concentre em cumprir com suas atribuições com responsabilidade e por defender uma postura de equilíbrio nos gastos públicos. Acha que a participação da comunidade em torno desse tema tem sido positiva e que a discussão deveria ser ampliada para necessidade de corte no número de comissionados na Prefeitura, hoje em torno de 300 em Jaraguá, situação que segundo ela é histórica e não um problema do governo atual.

Muitas dessas questões, a ex-presidente da Câmara espera que sejam contempladas com a reforma política, embora acredite que só uma revolução cultural e educacional seja capaz de mudar os índices alarmantes de corrupção registrados no país e alterar o relacionamento às vezes promíscuo entre os poderes. Na conversa, Natália também fala sobre a possível saída de Jair Pedri do PSB, nepotismo e eleições 2012. Veja abaixo:

Patricia Moraes - Nos últimos dias, a discussão sobre o aumento no número de vereadores tem envolvido toda comunidade. A senhora ainda vai estar de licença se o projeto for votado na próxima semana, mas, se estiver presente, o que o seu eleitor pode esperar?

Natália Petry- Eu tenho muita preocupação e respeito pelos meus eleitores e pela sociedade em geral. Apesar de estar com esse problema nos pés, minha cabeça continua funcionando muito bem. Tenho estado em contato com a minha base e com a minha família para fazer uma pesquisa e o eco é um só: não. Para piorar o que já está não precisa. Eu acredito que 19 vozes que realmente quisessem fazer o seu trabalho de fiscalizar, legislar e representar o povo, talvez fosse pouco. Mas, na realidade de hoje, 11 já é muito. Se eu tiver a oportunidade de votar, voto contra o aumento. Meu voto é não.

Enquanto não mudar esse cenário de que o Legislativo não cumpre com o seu papel, não só na esfera municipal, também na estadual e federal, onde o Executivo coopta a maioria para fazer o que bem entende, é melhor não aumentar.

Se fosse para fazer bons projetos, não precisaria ter a preocupação de ter a maioria, porque um legislador responsável vai aprovar os projetos que são bons para a sociedade, e a nossa Câmara provou isso. Não teria a necessidade de o Executivo assediar o Legislativo. Nós aprovamos no ano passado 98% dos projetos do Executivo e demos amplas condições para que a Prefeitura fizesse suas ações. Com a reforma política, isso também deve ser debatido

Patricia - A reforma política é justamente o tema da minha próxima pergunta. Que pontos espera que sejam debatidos e aprovados, pois parece que agora há um clima político para que ela realmente saia do papel?

Natália- Na minha volta para Câmara, vou promover uma ação para debater esse assunto. Uma das questões é que o povo não elege ninguém para ser secretário, diretor, ou qualquer outro cargo comissionado no Executivo. O povo elege seus representantes para que cada um faça o seu papel. Isso a reforma política deve discutir, uma vez eleito para determinado cargo, cumpra com a sua função. O f m da proporcionalidade eu concordo, porque eu não entendo como uma democracia pode priorizar um candidato que teve 200 votos em detrimento de alguém que recebeu dois mil votos. O fim da proporcionalidade e a eleição dos mais votados dentro das cadeiras disponibilizadas, isso é democracia, vence quem teve maioria.

As eleições unificadas, que no ano passado eu aprovei uma moção na Câmara de Vereadores, é outro ponto importante. Eleição de dois em dois anos é um prejuízo muito grande, as máquinas públicas param. Também defendo o fim da reeleição, com mandado de cinco ou seis anos, para todos os cargos. Isso não deixaria que certas ideias ou pessoas se perpetuassem no poder. A suplência de senador é outro absurdo, alguém que não teve voto não pode assumir uma cadeira no Senado, não está legitimado.

Acredito que o país iniciou um processo de amadurecimento ainda na aprovação da Lei da Ficha Limpa, que teve a participação da sociedade. E para que nosso sistema avance mais, essa questão precisa ser debatida nas escolas, nas casas, por todos. A educação é a única saída, até mesmo para questão da corrupção, que hoje é um problema que não está restrito ao poder público, é um mal muito presente em toda sociedade.

Patricia - O vereador Jair Pedri, seu suplente que agora ocupa uma cadeira na Câmara, anunciou que deve deixar o PSB por não querer concorrer com alguém que tenha tanta força como a senhora. Vocês já conversaram sobre o assunto?

Natália – Eu tenho muita proximidade com Jair, ele foi meu aluno no Abdon Batista. Nós temos um relacionamento franco, com certeza ele vai fazer falta, como qualquer integrante da sigla que sair. Na última eleição, o PSB conseguiu nove mil votos, fato histórico, o partido não existia em Jaraguá. As pessoas têm o direito de ir e vir, só acredito que esse fato de concorrer comigo não é motivo. A eleição é sempre uma incógnita.

Patricia – O que esperar de 2012. Veremos Natália candidata a prefeita ou a vice?

Natália- No momento em que o município passa por essas dificuldades envolvendo as enxurradas, seria até irresponsável se debruçar sobre essa questão. Temos muita coisa para fazer agora e já. Até 2012, muita coisa vai acontecer. Nesse momento todos que ocupam algum cargo público devem estar concentrados com a reconstrução e com o atendimento às pessoas atingidas. E ainda unir forças para termos projetos de prevenção, uma ação conjunta dos poderes e da comunidade. Por exemplo, hoje a tubulação de Jaraguá é a mesma de quando tinha 60, 70 mil habitantes, é preciso coibir com rigor o aterramento, e várias outras medidas, das quais a Câmara pode contribuir dentro das suas competências.

Então, eleições 2012, eu prefiro não falar por enquanto, mas lá na frente posso participar da discussão sobre um projeto de renovação, não contra ninguém. Cada um deve procurar o seu espaço, mas ainda não tenho nada definido, quero voltar o mais rápido possível para Câmara para tentar contribuir com projetos de prevenção, é isso que me motiva agora.

Patricia – No ano passado, a nova Lei Orgânica prevendo o fim do nepotismo para todo e qualquer cargo foi aprovada pelo Legislativo. Mas há um entendimento do Executivo de que essa alteração foi inconstitucional e o assunto foi levado para a Justiça. Com a possível volta de Ivo Konell, a senhora acredita que vai haver um movimento na Câmara?

Natália - Tivemos um trabalho muito árduo na elaboração da Lei Orgânica, tanto que a Câmara não pratica nenhum tipo de nepotismo. Não é nada contra o Ivo Konell, ou a família dele, é contra um sistema ainda muito comum em todo país. No intuito também de tentar moralizar, contribuir com um processo que começou na legislatura passada. Mas a Câmara já fez o seu papel, a Lei Orgânica está aí. No meu entendimento, enquanto não há uma decisão judicial, a lei está valendo, mas isso quem vai ter que decidir agora é a Justiça, não os vereadores. A discussão precisa ser de alto nível, não pode ser pessoal.


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

COMUNICADO

Gostaríamos de informar a todos que a vereadora Natália Lúcia Petry (PSB), encontra-se em licença médica, por conta de uma cirurgia de atrofia muscular nos tendões dos dedos dos pés. No mesmo procedimento, Natália também operou o Hallux valgus, popularmente conhecido como joanete, que a impede de caminhar.

De acordo com o cirurgião José Vicente Pansini, a vereadora deverá permanecer afastada por pelo menos 45 dias para que possa ter plena recuperação dos procedimentos cirúrgicos realizados.

O suplente Jair Pedri (PSB) permanece na Câmara de Vereadores, na cadeira da vereadora Natália Lúcia Petry (PSB) até o seu retorno.

A vereadora agradece a compreensão e apoio de todos e informa que os trabalhos do seu gabinete continuam sendo realizados normalmente.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

VEREADOR JAIR PEDRI ASSUME LUGAR DE NATÁLIA NO LEGISLATIVO

O suplente de vereador, Jair Pedri, assumiu nesta terça-feira, 01 de fevereiro, o lugar da Vereadora Natália Petry no Legislativo Jaraguaense.

Natália está de licença para tratamento de saúde, e Jair assume a cadeira pelos próximos 15 dias.

Retornando à Câmara pela segunda vez nesta legislatura, Jair Pedri destaca que, por ser uma passagem muito rápida, fica difícil atuar. "Nâo sou vereador, estou vereador", disse, acrescentando, porém, que apesar de não ter um projeto específico para o período, tem proposta "de contribuir neste momento em que a cidade precisa cada vez mais dos poderes unidos em função dos desastres".

GABINETE DA VEREADORA PROFESSORA NATÁLIA LÚCIA PETRY

Av. Getúlio Vargas, 621 - Centro
Jaraguá do Sul - Santa Catarina
Fone: (47) 3371-2510 Rama 205
Chefe de Gabinete: Dino de Lucca Moreria
Assessora Parlamentar: Fátima Junkes

"Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível".
Francisco de Assis