No dia 23 de abril, os professores
da rede estadual de ensino de Santa Catarina aderiram novamente à greve,
reivindicando melhores condições de trabalho. A greve desencadeou devido à
assembleia geral do Sinte (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) para votar
o reajuste salarial do governo, que resultou na decisão da paralisação por
tempo indeterminado.
A vereadora Natália Lúcia Petry fez
menção à greve na palavra livre. Ela fez um apelo pedindo ao governo do Estado
e as demais autoridades envolvidas, que recebam e façam uma reunião com os
trabalhadores em greve. “Fico muito triste quando ouço as autoridades estaduais
dizerem que não vão receber o comando de greve, ameaçando os professores com
retaliações e consequências”. Ela citou o ranking dos profissionais mais bem
remunerados e afirmou que o professor está abaixo de qualquer outra profissão
com nível superior.
A vereadora apresentou alguns dados do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Mec (Ministério da
Educação). Segundo ela, mais de 60 milhões de brasileiros não possuem o Ensino
Médio, não concluído até o ano passado e com idade de estarem na escola.
“Diante desses dados, é possível imaginar o que isso significa para as pessoas
e para o Brasil como um todo: menores e piores oportunidades de emprego, falta
de mão de obra qualificada, má qualidade de vida e aí por diante. Na realidade
o número é maior, pois não foram contabilizados os analfabetos, que somam cerca
de 15 milhões, e os considerados analfabetos funcionais com menos de três anos
de estudo, que representam outros 15 milhões”, apontou.
Natália lembrou que antigamente, o
professor era uma figura respeitada na comunidade, estava abaixo apenas do
padre. Atualmente, os professores não contam mais com o apoio dos pais, que
muitas vezes, acabam agredindo o profissional. “Não havendo política de
valorização do magistério, acreditamos que ainda vamos ver muitas crianças sem
professor”. A vereadora disse que é preciso que se procure resolver a situação,
com diálogo para se chegar a um consenso. “Em nome destes que estão lutando e
pelos demais, peço ao secretário estadual e a Gerei, para que se unam para
atender o comando de greve, que pelo segundo ano está sendo bastante
desgastante para os catarinenses”.
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