VEREADORA PRESTA HOMENAGEM AO RADIALISTA SÉRGIO LUIZ

O repórter da Rádio Jaraguá AM e do jornal Folha SC, Sérgio Luiz Lourenço, vencedor do prêmio “Microfone de Ouro”, uma promoção da Associação Catarinense das Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert), foi homenageado pelos vereadores na sessão da última terça-feira. A homenagem foi sugerida pela presidente da Câmara, Natália Lúcia Petry (PSB), que destacou o orgulho para Jaraguá do Sul em ter o melhor repórter de rádio do Estado. Sérgio conquistou o prêmio depois de ter concorrido com mais de 900 trabalhos.

O jornalista recebeu flores das mãos da presidente e uma placa em sua homenagem do secretário da mesa diretora, Francisco Alves (PT), além de cumprimentos de todos os presentes. Ele dedicou o prêmio aos seus colegas de trabalho, aos vereadores e a todos os ouvintes que acompanham e respeitam seu trabalho. “Eu não tinha a noção da repercussão que teria”, disse, surpreso ao ser reconhecido nas ruas e parabenizado pela conquista.

Sérgio Luiz revelou aos vereadores o paradoxo que viveu com a reportagem de desfecho trágico que o levou ao almejado prêmio. Uma situação que ele nunca gostaria de ter vivido. A reportagem premiada resulta da cobertura de um assalto seguido da execução dos dois suspeitos do crime. “Vi os dois rapazes morrendo em minha frente e nada pude fazer. Neste momento, me despi do cidadão e incorporei o profissional e fiz a única coisa que poderia fazer naquele momento, que foi narrar ao vivo aos ouvintes da Rádio Jaraguá aquele momento de violência”, descreveu.

O fato a que o jornalista se refere aconteceu no final do mês de maio. Ele estava em uma lanchonete a poucos metros do Mercadinho Araucária, localizado no bairro Jaraguá Esquerdo, quando ouviu tiros. Imediatamente correu para o local a tempo de ver dois rapazes, depois identificados como assaltantes, saindo de moto. Atingidos pelos tiros, os rapazes caíram e foram novamente alvejados pelo dono do mercado, que alegou legítima defesa.

“Cheguei perto, perguntei para as pessoas que já se aglomeravam se os bombeiros já tinham sido chamados, e diante da resposta positiva, fiz o que um profissional faria. Saquei máquina fotográfica e entrei ao vivo na rádio para narrar aqueles minutos, enquanto os rapazes morriam na minha frente”, descreve.