quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sobre o repasse de 170 mil para a Liga Jaraguaense de Futebol


Embora não tenha ido à votação porque foi retirado da pauta na primeira vez em que entrou para ser apreciado e submetido à votação única, o projeto de lei ordinária n° 178/2009 foi o mais polêmico da sessão da quinta-feira (03 de setembro) na Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul. De autoria da Prefeitura, que o encaminhou em regime de urgência, ele prevê o repasse de R$ 170 mil do município para a Liga Jaraguaense de Futebol.
Porém, a polêmica em torno do projeto iniciou muito antes mesmo de ele entrar em votação. Na semana passada, dirigentes da Liga teriam divulgado que os vereadores estavam atrasando a votação do mesmo e por isso cancelaram algumas partidas de campeonatos locais no último final de semana, alegando falta de dinheiro para pagamento dos árbitros. No sábado (29 de agosto), um fato indignou os vereadores - a exposição de uma faixa em frente à Sociedade João Pessoa, localizada no bairro de mesmo nome, em que alguém “parabenizava” nominalmente os vereadores Justino Pereira da Luz e Francisco Alves, ambos do PT, mais Jair Pedri e Natália Petry, do PSB, e Amarildo Sarti (PV), por cancelarem os campeonatos. A atitude pegou os vereadores de surpresa, pois ao anunciar o cancelamento dos campeonatos, sob a justificativa de que desde março a Liga Jaraguaense de Futebol não recebia recursos para o pagamento de árbitros, a explicação era de que os vereadores seriam contra o projeto ou o futebol amador. Também houve informações de que os vereadores teriam pedido vistas ao projeto e que estavam deliberadamente atrasando seu trâmite.Estas informações não são verídicas, pois o projeto nunca havia entrado em pauta. Ele seguia em análise normal nas comissões e o prazo para ser votado, como tramita em regime de urgência, só vence no dia 16 de setembro. Isso é, ele só poderá trancar a pauta da Câmara a partir de 17 de setembro, se ainda não tiver ido à votação. Na quinta-feira (03 de setembro), diante de tanta pressão, os vereadores resolveram convidar o presidente da Liga Jaraguaense de Futebol, Jerri Back Luft, para explicar o porquê de tanta pressa e o motivo real do cancelamento de campeonatos. Eles tinham intenção de fazer a votação logo depois, mas Possamai acabou pedindo a retirada do mesmo.
Uma das manifestações mais contundentes foi da vereadora Natália, que não concordou com as informações divulgadas antes mesmo de o projeto ir à votação, de que determinados vereadores iriam votar contra o mesmo. Lembrou que foi criada uma situação desnecessária, pois o projeto tinha prazo para ser votado até o dia 17 de setembro, já que entrou na Casa em 17 de agosto, em urgência.“Esta Câmara não é movida à pressão. O projeto veio com problemas, contendo ilegalidades. E os vereadores estão sendo cobrados para resolverem um problema que não foram eles que criaram”, argumentou a vereadora. Ela foi enfática ao lembrar que a função do Legislativo é autorizativa e não homologatória. E os vereadores não podem simplesmente aprovar um projeto sobre verbas já comprometidas sem prévio empenho. A vereadora foi além e quis saber o porquê de o município destinar R$ 170 mil para uma entidade e não ter destinado sequer R$ 1 real para outras entidades que trabalham com os mais diferentes esportes de base. Lembrou que projeto de sucesso da gestão passada, o PEC, que envolvia 7 mil crianças, está parado, assim como a Secretaria Extraordinária da Reconstrução também não recebeu nenhum recurso com tanta tragédia. “Onde estão as outras entidades? Precisamos investir no desporto de base. Está na hora de repensar esta prática, porque o desporto não é somente a Liga e o futsal”, questionou a vereadora, cobrando mais planejamento destas entidades. O presidente da Liga argumentou que a entidade, que ele assumiu em abril, movimenta 4 mil atletas e que estimula sim o esporte de base. Apresentou um relatório com todas as partidas realizadas ou programadas em cada um dos campeonatos realizados e os valores pendentes para pagamento de arbitragem em cada um deles.

Um comentário:

  1. Com muito menos que 170 mil reais várias federações que não a do futebol, tem que se virar para manter os eventos estaduais o ano inteiro.
    O Futebol com todo esse poder não tem nenhum projeto de marketing para para conseguir recursos na iniciativa privada. Tem que pegar dinheiro público. Isso é uma vergonha.

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